Saiu no portal Revista do Alumínio: Setor pode ser beneficiado com o Novo Mercado do Gás
A competitividade da indústria do alumínio – cuja cadeia produtiva tem a bauxita como base para a verticalização das indústrias de alumina, alumínio e produtos semimanufaturados e acabados – está diretamente relacionada ao custo de energia, principalmente elétrica e de gás natural, que pode representar até 70% do valor total de produção.
Por conta do custo Brasil, de 2009 a 2015, cinco plantas deixaram de operar no País. A primeira foi a Valesul, em Santa Cruz (RJ). Em seguida, a Novelis anunciou o fechamento das fábricas de Aratu (BA) e Ouro Preto (MG). Por fim, a Alcoa encerrou a unidade de fundição de Poços de Caldas (MG) e, por meio do Consórcio Alumínios do Maranhão, suspendeu temporariamente a produção da Alumar, em São Luís (MA). Com isso, a produção de alumínio primário caiu 52% e transformou o Brasil em um importador líquido de alumínio.
Milton Rego, presidente-executivo da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), explica que os países que produzem alumínio primário são os que têm energia elétrica mais barata, com exceção da China, onde é subsidiada. Na visão dele, depois da energia gerada pelas grandes hidrelétricas, o gás natural é a segunda fonte mais competitiva.
“O Brasil, que não tinha gás até então, começa agora com a produção do pré-sal.”
Mesmo que o programa federal Novo Mercado do Gás prospere, colaborando com a indústria de refino e de transformados, a contribuição com o segmento de alumínio primário não será suficiente.
“Talvez isso dê um alívio. Porém, em relação às smelters, teríamos de ter uma grande termelétrica a gás que pudesse suprir a necessidade de energia elétrica para a produção”, comenta Milton. “É possível fazer, sim — nos países do Golfo Pérsico isso já acontece. Mas estamos longe dessa situação.”
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