Setor do alumínio apresenta novas ideias para a mineração – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Setor do alumínio apresenta novas ideias para a mineração

24 de novembro de 2014

Workshop de Bauxita e Alumina expõe práticas inovadoras e mais sustentáveis das empresas

No segundo dia (19/11) do 2º Workshop de Bauxita e Alumina da Amazônia, as associadas ABAL – Alcoa, Hydro e Votorantim Metais – deixaram a mensagem de que é preciso reinventar e adaptar suas práticas de forma sustentável para enfrentar o atual cenário macroeconômico da mineração.

Os palestrantes apresentaram as ideias que vêm melhorando performances operacionais e a própria relação das empresas com o meio ambiente, por meio de ações inovadoras e mais sustentáveis, como o pioneirismo da Alcoa, em Juruti (PA), ao aplicar o modelo de reabilitação de áreas mineradas, por meio do processo de nucleação de mina. O modelo, além de otimizar o tempo de recuperação de áreas impactadas pela atividade mineral, também se mostrou economicamente viável ao reduzir custos e a emissão de gases de efeito estufa na sua operação.

A aplicação da técnica, apresentada pelo superintendente de Meio Ambiente da Alcoa Juruti, Volnei Tenfen, vem passando por adaptações com resultado que estão superando as expectativas de recuperação de áreas impactadas. De acordo com Tenfen, o processo está sendo implantado pela primeira vez na Amazônia. “Temos que sair um pouco do lugar comum, sermos ousados para conseguir melhorar os resultados ambientais. A experiência pioneira nos mostra que é possível sim melhorar os indicadores ambientais e reduzir custos”, assegurou.

As experiências da Alcoa Juruti de outros projetos, desta vez, envolvendo mais as comunidades do entorno, também serviram de exemplo de como ser sustentável diante da crise econômica. Fábio Abdala, gerente corporativo de Sustentabilidade da Alcoa, elencou especialmente os programas voltados à biodiversidade da Amazônia no território de Juruti, como o Programa de Manejo Integrado de Quelônios, que envolve os moradores das comunidades, na proteção das espécies em fase crítica de extinção.

 

Inovações

O engenheiro de Minas da Votorantim Metais, Carlos Eduardo Castro, falou sobre “Inovação e Tecnologia” ao destacar que em 2015 a empresa realizará, em caráter experimental, a produção de cimentos através da lama vermelha e que, em 2016, esse processo deverá se tornar contínuo. O engenheiro, também, apresentou os resultados de aumento de produtividade da planta de beneficiamento de Miraí (MG) que saltou de 298 toneladas/hora para 408 toneladas/hora.

 

Também da Votorantim Metais, o engenheiro de Minas, Caio van Deursen, destacou o tema “Recuperação de finos da bauxita”, ressaltando os resultados com o beneficiamento da bauxita por meio de ensaios, como a concentração de líquido denso – no qual se obteve 55% de alumina aproveitável e aumento de 15% na recuperação do produto -, além de separação magnética e flotação. O engenheiro realizou o programa de caracterização da bauxita de Rondon do Pará, que subsidiou de informações para o projeto Alumina Rondon nas áreas de beneficiamento, moagem e desaguamento.

 

Duas novas técnicas implementadas em áreas produtivas e operacionais da Hydro também foram apresentadas. Na área de Geologia e Planejamento, o geólogo Dário Neto, demonstrou como a empresa aumentou, no intervalo de um ano e meio, em 13% a recuperação em lavra, no município de Paragominas (PA).

 

O mesmo ocorre com o aumento da produtividade dos tratores de esteira, apresentado por Luís Glória, supervisor de área de Terraplanagem e Infraestrutura da Hydro Paragominas. “Tivemos que melhorar nossas performances para encarar a crise de forma inteligente”, disse o técnico que acredita na capacitação e treinamento contínuos dos operadores para que a produção seja, cada vez mais, otimizada e economicamente viável.

 

Presidente do IBRAM chama para discussão

No encerramento do workshop, o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), José Fernando Coura, advertiu que o momento é de reflexão e também de ação. “Este ano está sendo muito difícil para empresas do setor mineral e como exemplo disso temos a indústria do alumínio, que enfrenta retração nas exportações. O momento é grave, com uma crise instalada na baixa não só dos preços das commodities minerais como também agrícolas”, informou.

Coura ressaltou que o workshop é apenas o início de uma discussão que deve prosseguir com o objetivo de refletir sobre que políticas públicas precisam ser implementadas para se retomar a competitividade e crescimento da indústria. “Não é possível conceber que parte da energia que for gerada a partir dos grandes projetos energéticos no país não seja destinada para produção de alumínio, por exemplo. Precisamos que o governo faça a sua parte. As empresas também precisam fazer a sua parte, levando em frente essa discussão junto com o poder público”, afirmou.

 

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