Reciclagem no Brasil
A reciclagem de alumínio se confunde com a implantação da indústria do metal no país. Na década de 1920, data dos primeiros registros de produção de utensílios de alumínio em território nacional, o setor utilizava como matéria prima a sucata importada de vários países. Nos anos 1990, com o início da produção das latas no Brasil, a reciclagem do metal foi intensificada, registrando volumes cada vez maiores.
Hoje a reciclagem de alumínio no Brasil funciona com altíssimos índices de eficácia, acima da média mundial, reciclando praticamente toda sucata disponível. A relação entre este volume e o consumo doméstico de alumínio indica um percentual de 38,5%, que é superior a média mundial de 27,1% (base 2014). Em 2015, o país reciclou 602 mil toneladas de alumínio. Desse total, 292,5 mil toneladas referem-se à sucata de latas de alumínio para bebidas, o que corresponde a 97,9% do total de embalagens consumidas em 2015, índice que mantém o Brasil entre os países líderes em reciclagem de latinhas desde 2001.
Pindamonhangaba: Polo da reciclagem do alumínio
A capital nacional da reciclagem do alumínio é Pindamonhangaba, cidade localizada no interior de São Paulo. O título foi concedido pela ABAL em 2003, em reconhecimento à importância da cidade para a atividade. Na ocasião, foi entregue uma escultura feita em alumínio, representando o símbolo internacional da reciclagem do metal. A obra, do escultor Hans Goldammer, catarinense radicado em São Paulo, tem 4,5 metros de altura e está instalada na entrada da cidade, às margens da Via Dutra (que liga São Paulo e Rio de Janeiro).
A história da reciclagem de alumínio em Pindamonhangaba começou na década de 1970, quando a Alcan (hoje Novelis) instalou sua fábrica no município para produzir chapas para latas de bebidas. Em 1994, a empresa iniciou a utilização de alumínio reciclado na produção de suas chapas, o que estimulou o surgimento do polo de reciclagem. Em 1996, chegou a Latasa com seu centro de reciclagem. Em 1997, a Recipar (Latasa) chegou ao município e, em 1998, foi a vez da Alcan (atual Novelis) instalar ali seu centro de reciclagem.
Atualmente o polo de Pindamonhangaba reúne duas empresas – a Novelis e a Latasa Reciclagem, que em 2010 adquiriu os ativos da Aleris Reciclagem –, que processam aproximadamente 70% de toda a sucata recuperada no Brasil.
Dia Nacional da Reciclagem do Alumínio
O Dia Nacional da Reciclagem do Alumínio foi instituído em 28 de outubro de 2003, quando a cidade de Pindamonhangaba (SP) recebeu o título de Capital Nacional da Reciclagem do Alumínio. Desde então, anualmente, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) promove ações voltadas à sociedade em comemoração a data.
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