A Indústria brasileira do alumínio debate seu futuro – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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A Indústria brasileira do alumínio debate seu futuro

2 de abril de 2014

Projeções de produção e demanda de alumínio e os desafios do setor foram amplamente abordados na abertura do 6º Congresso, 12º Seminário de Reciclagem e ExpoAlumínio 2014

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À frente de 550 convidados, o presidente do Conselho Diretor da ABAL, Tito Martins,  solenemente abriu ontem, 1º de abril, o 6º Congresso Internacional do Alumínio, 12º  Seminário Internacional do Alumínio e ExpoAlumínio 2014, mencionando que o mercado consumidor do metal deve crescer de 5,2% em 2014, repetindo o desempenho de 2013 (5%).

O presidente, no entanto, ressaltou os desafios do setor em garantir suprimento de matéria-prima e assegurar que o mercado seja atendido pela indústria nacional. “Com a constante redução da produção de alumínio primário sua importação tornou-se inevitável; por outro lado precisamos buscar proteção para os nossos produtos transformados”.

Em seu pronunciamento, Tito Martins, informou que a ABAL está preparando uma proposta de Política Industrial para ser levada, este ano, aos candidatos à presidência da República e seus assessores. “É a nossa contribuição positiva para melhorar o equilíbrio do balanço de pagamentos, manter os empregos e promover a geração de novos postos de trabalho e de riquezas para o Brasil”.

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Na sequência, o economista Fernando Garcia apresentou cenários de médio e longo prazo para a indústria. Em termos de alumínio primário, se mantidas as condições atuais de perda de competitividade e rentabilidade da cadeia, as projeções apontam para uma drástica redução de capacidade de produção.

Garcia projeta um crescimento médio anual de 6,5% no consumo doméstico até 2025, quando se estima um mercado de 3.174 mil toneladas/ano. O economista ressalta o risco de grande parte desse mercado ser abastecido por importações, “caso não haja uma reversão do atual cenário, que favoreça a recuperação da capacidade ociosa de produção primária, atualmente em 500 mil toneladas, e mantenha o que já foi investido na cadeia de transformação“.

Futuro da indústria

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Um painel sobre o futuro da indústria brasileira do alumínio reuniu os presidentes das principais empresas de alumínio primário e de transformação. O presidente da Alcoa para América Latina e Caribe, Aquilino Paolucci, reforçou o compromisso da empresa com o país, ao prever investimentos de US$ 40 milhões na planta de Itapissuma (PE), para ampliar a laminação de folhas de alumínio.

Tadeu Nardocci, presidente da Novelis, reforçou as projeções de crescimento da demanda apresentadas pouco antes por Garcia.

Com este nível de poder de compra da população, podemos dobrar o consumo no Brasil”, acredita o executivo. Em relação à capacidade da indústria de transformação, o vice-presidente da ABAL, Paulo Magalhães, afirmou que as empresas têm realizado os investimentos necessários para atender com folga e qualidade a esse esperado crescimento do consumo de produtos transformados de alumínio.

Tito Martins, que também preside a Votorantim Metais, no entanto, reforçou a necessidade de mudanças urgentes nos custos que impactam a indústria do alumínio: “o custo de energia é muito elevado, e a logística é cara”, citou como exemplos.

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O líder empresarial Jorge Gerdau encerrou a solenidade com informações bem elucidativas do debate anterior. Segundo estudo o IPEA, desde 1985, ano que a indústria de transformação atingiu o ápice de participação no PIB brasileiro, com 35%, essa fatia despencou para atuais 13%.

Em linha com os desafios debatidos no painel, Gerdau ressaltou que os problemas do alumínio são similares aos demais setores produtivos do Brasil. “São desafios políticos e não técnicos, por isso os setores de manufatura precisam construir uma coalizão; precisamos nos unir para buscar as metas que tornem o país mais competitivo para todos”.

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