Aberto em São Paulo o VIII Seminário Internacional de Tecnologia da Indústria do Alumínio – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Aberto em São Paulo o VIII Seminário Internacional de Tecnologia da Indústria do Alumínio

2 de outubro de 2002

Cerimônia de abertura

Cerca de 240 pessoas assistiram a cerimônia de abertura do VIII Seminário Internacional de Tecnologia da Indústria do Alumínio, do 2º Seminário Internacional de Extrusäo do Alumínio e da EXAL 2002 – exposiçäo que reúne os fabricantes de alumínio e seus fornecedores. “É com grande honra e satisfaçäo que iniciamos mais um evento da indústria brasileira do alumínio”, disse o presidente da ABAL, Joäo Beltran Martins. Em sua fala, Beltran destacou o potencial do setor e sua importância na economia do país.

“A indústria brasileira do alumínio fatura anualmente cerca de US$ 6 bilhöes, participa com 3,4% do PIB industrial brasileiro, investe cerca de US$ 700 milhöes por ano, contribui com US$ 1,6 bilhäo por ano em exportaçöes para a balança comercial e emprega diretamente 49 mil pessoas”, listou, destacando que “apesar dessa pujança, o setor vive momentos de desafios quanto ao seu futuro”. Entre esses desafios está, segundo ele, o de se buscar soluções para as questões tributárias e de infra-estrutura que emperram a competitividade do setor produtivo. “Até que se resolvam essas questões, a demanda interna continuará estagnada, podendo, inclusive, ocorrer retrocesso em alguns setores”. Prova disso, ele lembrou, é a previsão de consumo interno de alumínio para 2002, “que, na melhor das hipóteses, deverá repetir o volume verificado no ano passado, que foi de 738,1 mil toneladas”. Além da carga tributária, o desempenho do setor está sendo influenciado, ainda, pelos reflexos do racionamento de energia elétrica, pela falta de isonomia tributária em relação aos materiais concorrentes nacionais e importados (sobre os quais não incidem as contribuições sociais – PIS/Cofins, CPMF e outras) e também por acordos desfavoráveis ao Brasil, ressaltou o presidente da ABAL.

Outro desafio para a indústria brasileira, de acordo com João Beltran Martins, diz respeito ao comércio internacional e “está em enfrentar uma abertura indiscriminada de seu mercado e galgar maior acesso as demais, sobretudo em relação aos Estados Unidos e ao Canadá, sem que os diversos aspectos internos, que tolhem a possibilidade do produto nacional alcançar índices de competitividade internacional, estejam devidamente equacionados”. João Beltran destacou, ainda, que se no caso da indústria de alumínio primário a posição no cenário mundial já está consolidada (como se pode constatar pelo perfil tecnológico da produção perfeitamente adequado aos padrões internacionais e pelo expressivo saldo positivo na balança comercial de US$ 926 milhões), o mesmo não acontece com o setor de produtos transformados. “Na última década, a indústria brasileira não logrou melhorar sua posição competitiva, evidenciada pelos altos custos de investimentos, pela escala de demanda interna reduzida, pela elevada tributação e acordos comerciais desfavoráveis”, disse, “se não revertermos esses aspectos negativos, o setor de transformados terá sérias dificuldades para fazer face a acordos comerciais desfavoráveis entre países ou blocos”.

Para o presidente da ABAL, os diversos segmentos da cadeia produtiva do alumínio não devem “simplesmente postular ações governamentais no sentido de corrigir as atuais distorções que prejudicam o seu desempenho e que podem agravar-se com o advento da ALCA e do Acordo Mercosul-União Européia, mas sim trabalhar em algumas ações empresariais conjuntas”. Entre elas, ele destacou: a padronização de produtos para evitar a enorme dispersão existente nos lotes de fabricação, a captação de recursos junto às agências públicas e internacionais para investimentos em pesquisa e desenvolvimento e para aumento da produtividade, uma maior participação do setor nas esferas de negociações tarifárias internacionais e estímulo à busca de novos mercados e postular ao governo brasileiro a posição de “sensibilidade” para o segmento de alumínio transformado nas negociações da ALCA. Integração tecnológica Ainda durante a abertura, o coordenador científico do CQRDA (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Alumínio de Quebec-Canadá), Maurice Duval, falou da integração para o desenvolvimento tecnológico entre o governo, as indústrias e o meio acadêmico. Quarto maior produtor mundial de alumínio primário, com um volume de 2,5 milhões de toneladas ao ano, o Canadá – especialmente a região de Quebec, conhecida como o “Vale do Alumínio” – se destaca pelo investimento em pesquisa e busca de novas tecnologia no setor de alumínio.

Desde que foi criado, em 1993, o CQRDA apoiou mais de 285 projetos num total de US$ 8 milhões investidos, como informou Maurice Duval . Ele explicou que o centro atua em cinco áreas básicas de pesquisa: desenvolvimento de equipamentos e tecnologia, treinamento e melhoria de profissionais, promoção de novas aplicações do alumínio, redução do impacto no meio ambiente e melhoria da produtividade e ergonomia no setor.

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