Antônio Ermírio de Moraes, o homem de alumínio – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
Acesse a área do associado Fale Conosco
← voltar para Banco de Notícias

Antônio Ermírio de Moraes, o homem de alumínio

27 de agosto de 2014

Nome do empresário estará sempre associado ao metal e sua indústria

O nome do empresário Antônio Ermírio de Moraes, falecido no último dia 24 de agosto, está associado, de forma indelével, ao alumínio e ao desenvolvimento de sua indústria no Brasil.

Em 1955, quando a produção de alumínio primário era ainda incipiente no país, Antônio Ermírio dava seus primeiros passos profissionais na recém-inaugurada Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). Com capacidade anual para reduzir 10 mil toneladas de alumínio primário, a empresa produziu mil toneladas de metal naquele ano, pouco menos da metade da produção nacional (2,7 mil toneladas), que era dividida com a Alcan, outra empresa precursora do setor.

Uma década depois, o jovem engenheiro metalúrgico – formado na Colorado School of Mines – assumia a frente da companhia para conduzir um grande projeto de expansão, concluído em 1971, que elevou a capacidade de redução para 40 mil toneladas/ano, além de investir nas linhas de transformação com prensas para extrusão e laminadores de folhas mais velozes.  “Foi uma decisão de coragem, não fosse ela, tudo aquilo seria hoje um museu do alumínio”, afirmou o empresário, quando a CBA celebrou 50 anos de atividade.

No início dos anos 1980 a companhia já produzia 80 mil toneladas/ano de alumínio primário, com o suporte de sete usinas hidrelétricas. Durante as décadas sob seu comando, a CBA manteve esse modelo de crescimento – calçado em recursos próprios, modernização contínua e aposta no mercado doméstico – que de certa maneira externava a crença de seu comandante em um país próspero para a indústria. Crença às vezes infundada, mas pela qual o empresário batalhou durante toda sua vida. “Trabalho há 55 anos e há 55 anos escuto falar de política industrial no Brasil e nunca vi”, disse em 2004 ao jornal O Estado de S. Paulo.

Em 1997, durante a realização do V Congresso Internacional do Alumínio, recebeu o título de primeiro Presidente Emérito da ABAL, entidade que ajudou a fundar, em 1970, e que por diversas vezes a apoiou em momentos decisivos para o setor. Na sede da associação, no espaço reservado aos personagens que moldaram a indústria brasileira do alumínio, sua efígie traz uma mensagem que resume seu legado: “acreditemos no Brasil e na inteligência de nosso povo; a receita para o sucesso é a qualidade nos produtos, a seriedade no trabalho e a humildade na conduta”.

E assim, daquele longínquo ano de 1955, por mais de meio século, Antônio Ermírio de Moraes viveu para o Brasil e para o alumínio. Representação do empresário que acredita no país e no trabalho como forma justa para seus propósitos, dedicou-se em defender os anseios e as necessidades da indústria, enquanto conduzia a CBA, a sua “menina dos olhos” dentro do grupo Votorantim, ao posto de uma das maiores produtoras integradas de alumínio do mundo.  Para a ABAL, suas contribuições foram fundamentais para ajudar a formar o caráter crível e representatividade que a entidade desfruta hoje.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *