Apesar da crise, construção civil continuará crescendo diz FG – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Apesar da crise, construção civil continuará crescendo diz FG

27 de outubro de 2008

Estudo encomendado pela ABRAMAT aponta crescimento do setor de 10,2% em 2008 e de 5% para os próximos anos

 

Em 2007 a cadeia produtiva da construção civil teve um faturamento bruto de R$ 187 bilhões, uma contribuição de 8,5% para o PIB do país. Desse total, o segmento de materiais para construção – o qual inclui a indústria de esquadrias de alumínio – participou com 18,5%. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), entidade que concentra 46 empresas, líderes dos vários segmentos da indústria de materiais de construção, que divulga mensalmente indicadores de desempenho.

Em meio à crise financeira internacional, às análises de especialistas em risco e às promessas do governo de garantir o crescimento da construção civil – pelo o qual anunciou a liberação de R$ 4 bilhões em crédito –, o Grupo Setorial Extrusão da ABAL recebeu a gerente operacional da Abramat, Laura Marcellini, para conhecer as análises e as projeções da entidade sobre o setor. 

Segundo Laura, a construção civil tem experimentado um crescimento contínuo nos últimos anos, motivado pela forte expansão do crédito imobiliário, sobretudo a partir de 2006, e pelo elevado déficit habitacional existente no país, que hoje é de 7,9 milhões de moradias, com perspectiva de atingir 22,6 milhões em 2020, em função do crescimento demográfico.  “O setor esteve estagnado por muito tempo; isso refletiu no PIB da construção que cresceu 21,7% entre 2004 e 2007; a projeção que fazemos para 2008 está em 10,2% de crescimento”, avalia a gerente a partir de estudos encomendados à FGV Projetos.

Em 2008 o crédito imobiliário deve totalizar R$ 35,6 bilhões, entre poupança e FGTS, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP). O PLANHAB – Plano Nacional da Habitação, coordenado pelo Ministério das Cidades, prevê um crescimento na poupança de 15% em 2009, 10% em 2010 e 5% a.a. até 2023; enquanto para o FGTS o crescimento médio no período será de 5%.

A FGV projeta para 2009 um crescimento de 4,3% do PIB nacional e crescimento acima de 5% para o PIB da construção civil nos próximos anos. “O setor tem uma inércia, primeiro porque está com o ciclo acelerado em função dessas questões [liberação de crédito e déficit habitacional] e porque há muita obra já iniciada e que não vai parar; há muitos lançamentos contratados”, justifica Laura. 

Extrusão
O coordenador do Grupo Setorial de Extrusão, Luis Augusto Barcelos Barbosa, concorda com Laura Marcellini da Abramat. Para ele o fato de existirem muitas obras em andamento, indica uma alta demanda por esquadrias de alumínio. “Eu estimo que essa inércia leve pelo menos mais seis meses, até março ou abril; depois dependerá muito da eficácia das medidas do governo em conceder crédito”, explica.  Segundo Barbosa, outra ameaça assombra o setor de materiais de construção civil, que é uma possível avalanche de produtos chineses para o Brasil, em decorrência da estagnação dos mercados norte-americano e europeu.

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