As oportunidades com os grandes eventos – Copa 2014 e Olimpíadas 2016 – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
Acesse a área do associado Fale Conosco
← voltar para Banco de Notícias

As oportunidades com os grandes eventos – Copa 2014 e Olimpíadas 2016

23 de setembro de 2010

Para Valter Frigieri Junior, executivo da ABCP, as cidades brasileiras têm agora um argumento para rever seus planos diretores e mudar suas diretrizes de desenvolvimento

 

A ABAL realizou nesta quarta-feira, 22 de setembro, a palestra sobre demandas e oportunidades para o desenvolvimento urbano, com base no legado que a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 deixarão na infraestrutura das cidades brasileiras.  O encontro ocorreu na sede da ABM – Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração e reuniu cerca de 70 pessoas.

Convidado para palestrar sobre o tema, o gerente nacional de planejamento e mercado da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Valter Frigieri Junior, apresentou dados de projetos e diagnósticos para esses grandes eventos esportivos que serão realizados no Brasil.

Dentre os dados apresentados está o estudo da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (ABDIB) que estima um total de R$ 104 bilhões de investimentos para a Copa de 2014. Segundo a entidade, as iniciativas de maior custo têm como finalidade melhorar a mobilidade urbana, com aportes de R$ 60 bilhões (58%), seguidos de investimentos na rede hoteleira, R$ 12,6 bilhões, e saneamento básico, R$ 12,4 bilhões. Ampliação em aeroportos e a construção/reformas de estádios devem receber R$ 6,8 bilhões e R$ 5,4 bilhões, respectivamente, do montante total.

Frigieri Junior destacou às questões dos aeroportos e do saneamento básico como investimentos sociais mais que necessários e cujo legado vão para muito além dos jogos de 2014 e 2016.  Segundo o executivo, desde 2003, o número de passageiros em vôos nacionais e internacionais aumentou a uma taxa média de 10,3% ao ano, de acordo com dados da INFRAERO. “Já estamos no gargalo,  e a previsão é de que até 2014 o número de passageiros aumente 51% e tenha um salto de mais 10% durante a Copa”, ressalta.

Sobre os investimentos em saneamento básico, Frigieri Junior observou que 50% da população brasileira não é atendida por sistema de esgoto e lembrou que apenas 30% da população de Natal, uma das cidades que sediarão os jogos de futebol, conta com saneamento básico.  “As cidades brasileiras têm agora um argumento  para rever seus planos diretores, mudar suas diretrizes de desenvolvimento. Mas isso tem de ser planejado com antecedência”.

Em relação aos estádios de futebol, o executivo relembrou as exigências da FIFA e sugeriu alternativas de soluções para os principais problemas nas arenas que sediarão os jogos. Tratando-se da infraestrutura das construções, Frigieri Junior apresentou os projetos arquitetônicos e o que poderia ser acrescentado nas obras. Além disso, frisou a importância da construção, manutenção e aprimoramento das vias e das redes de transportes que dão acesso a estes estádios.

Em pauta também esteve a questão da rede hoteleira das grandes cidades que em sua maioria não suporta a demanda de hóspedes. Para exemplificar, o palestrante cita o Rio de Janeiro – sede da final da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 – que tem seus hotéis lotados em datas de grandes eventos, como o carnaval. Este problema, no entanto, deverá ser resolvido pela iniciativa privada.

Para finalizar, Frigieri Junior acrescentou que a clara ascensão do Brasil como economia deve se alinhar ao crescimento social do País. “O Brasil deve aproveitar a oportunidade de organizar e realizar os maiores eventos esportivos do mundo, para resolver seus problemas sociais de longa data”.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *