Consumo de alumínio será crescente nos próximos anos – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Consumo de alumínio será crescente nos próximos anos

3 de janeiro de 2012

Em último evento do ano, ABAL apresenta as projeções de consumo até 2025 e a necessidade de uma política industrial para o setor acompanhar essa demanda

 

O consumo doméstico de produtos de alumínio pode crescer a uma média anual de 8,9% nos próximos 15 anos, triplicando o volume atual. Mas a indústria nacional pode ficar de fora dessa enorme demanda caso governo, entidades e empresas não trabalhem em prol desse objetivo. Em linhas gerais esta foi a mensagem de fim de ano que a ABAL levou a seus associados, em seu último evento de 2011.

O encontro com “a indústria brasileira do alumínio de 2025”, nome do evento realizado no dia 7 de dezembro, reuniu mais de 200 pessoas – entre associados, clientes, profissionais do setor e representantes de entidades parceiras – para informar as projeções de consumo de todos os produtos de alumínio até 2025; os desafios que o setor enfrentará nos próximos anos; e as propostas da ABAL na formatação de uma política industrial que evite a desestruturação da cadeia produtiva do setor.

Para o professor e doutor em economia, Fernando Garcia, valorização cambial, elevação dos custos de energia elétrica (183% de 2004 a 2010) e de mão de obra (144%  de 2004 a 2010) contribuíram muito para a queda da competitividade da indústria do alumínio, nos últimos anos. Entre 2006 e 2010 a cadeia perdeu 27,7% do seu valor de produção.

A queda de valor da produção alimenta um ciclo vicioso de desindustrialização, pois com menos recursos para investir, a indústria brasileira se distância da mundial em escala e tecnologia, diminuindo sua competitividade e os incentivos a novos investimentos”, ressaltou Garcia.

Alheio a essa situação, o mercado interno de produtos de alumínio – que deve encerrar 2011 com 1.420 mil toneladas –  poderá crescer em 2012 acima dos 9% e se manter nesta média nos próximos 15 anos, chegando a 4,6 milhões de toneladas em 2025. Seja qual for o percentual, o fato é que a demanda de alumínio no Brasil irá crescer, suportada pelos grandes eventos e os planos de aceleração do crescimento econômico, afirma o professor.  Tamanho volume exigirá investimentos em expansão de toda cadeia de transformação de alumínio – chapas, folhas, fundidos, extrudados, fios e cabos – dentro de poucos anos, sob pena desse mercado ser ainda mais alimentado pela enxurrada de produtos importados. 

Segundo Garcia, se as empresas brasileiras não recuperarem sua capacidade de investir e competir, esse cenário de forte demanda trará mais riscos para o setor, pois as importações estão crescendo mais rapidamente do que a produção nacional consegue reagir. “Temos excelentes oportunidades de negócios, mas péssimas condições de oferta” sentenciou.

Política industrial

A fim de promover a competitividade de toda a cadeia produtiva do alumínio e retomar seu poder de investir em tecnologia e capacidade de produção, a ABAL vem trabalhando em conjunto com o governo no desenvolvimento de estudos para orientar as conclusões do Grupo de Trabalho do Alumínio – GTA, criado por meio da Portaria Interministerial nº 436/2011, de 13 de julho de 2011.

Em cinco reuniões do GTA, a ABAL apresentou informações relacionadas à competitividade da indústria do alumínio e contribuiu com sugestões para a formação de uma política industrial para o setor. As sugestões contemplam todas as etapas da cadeia e abrangem defesa comercial, redução dos custos de energia, desoneração de tributos e folha de pagamento, melhores condições de investimento e compras pelo Estado.

Caso uma política industrial para o setor se concretize de fato, haverá condições de garantir investimentos da ordem de R$ 63 bilhões nos próximos anos, a criação de 250 mil postos de trabalho até 2025, aumento do PIB da cadeia em R$ 26 bilhões/ano e um ganho de arrecadação de impostos de R$ 3,3 bilhões/ano. 

Nós fizemos nossa proposta; e esse potencial cenário de investimentos, arrecadação, empregos está disponível desde que se criem uma política industrial que hoje não existe para a indústria do alumínio”, afirmou Adjarma Azevedo, presidente da ABAL, ao final do encontro. O setor aguarda que os resultados das análises do Grupo de Trabalho do Alumínio sejam anunciados em breve.

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