Encontro reforça expectativa de recuperação da indústria e da economia – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Encontro reforça expectativa de recuperação da indústria e da economia

28 de agosto de 2009

Evento marca o lançamento da edição 2008 do Anuário Estatístico

 

A ABAL realizou em 17 de agosto o encontro “Recuperação da economia: uma certeza?”, em São Paulo, com a presença de representantes de empresas associadas e entidades parceiras. Na ocasião foi apresentado o desempenho da indústria brasileira do alumínio no primeiro semestre de 2009, com previsão para o ano de 2009, e as perspectivas da economia até 2011, além de marcar o lançamento da edição 2008 do Anuário Estatístico da entidade.

O presidente da ABAL, Luis Carlos Loureiro Filho, abriu o encontro destacando o consumo recorde de um milhão de toneladas de alumínio conquistado no ano passado, volume que estampa a capa do Anuário Estatístico 2008, e ressaltou a longa trajetória da indústria do alumínio até atingir essa marca recorde, prevendo que o próximo um milhão chegará mais rápido.

“Levamos quase 40 anos para atingirmos um milhão de toneladas, mas certamente levaremos menos tempo para chegar à marca dos dois milhões de toneladas, quem sabe em 2020; para isso basta que o consumo de alumínio cresça a uma taxa média de 6% ao ano, algo que é totalmente possível”, afirmou Luis Carlos.

Nesse sentido, o presidente da ABAL anunciou algumas ações recentes da entidade que têm como intuito desenvolver o mercado consumidor, entre as quais está o lançamento de uma nova campanha publicitária do alumínio, que começará no final de agosto e se estenderá até fevereiro de 2010, com ações em rádio e internet. Luis Carlos também citou a mudança do estatuto social da entidade, que dá maior representatividade ao setor transformador, incluindo o segmento consumidor.

Em seguida, passou a palavra ao coordenador da Comissão de Economia e Estatística da ABAL, Mauro Moreno, que falou sobre a revisão dos números do mercado interno do alumínio, destacando que o aprimoramento das estatísticas da indústria brasileira do alumínio, intensificado com o apoio dos Grupos Setoriais, resultará em uma revisão histórica da base de dados da indústria desde o ano 2000 e que foi refletida já nos resultados do primeiro semestre desse ano.

Mauro Moreno apresentou os dados consolidados da indústria no primeiro semestre de 2009. Segundo ele, o consumo interno de produtos transformados de alumínio foi de 453,2 mil toneladas no período, com queda de 19,1% em relação ao primeiro semestre de 2008. Apesar da significativa queda no semestre, Moreno ressaltou que o consumo de produtos transformados de alumínio já apresentou sinais de recuperação a partir do segundo trimestre e que o bom desempenho esperado por vários segmentos da economia para os próximos meses, deve garantir resultados positivos no consumo do metal. Veja os detalhes sobre o consumo de alumínio no primeiro semestre de 2009 na matéria “Consumo de alumínio volta a crescer “.

Perspectivas

O diretor de macroeconomia da LCA Consultores, Fernando Sampaio, encerrou o encontro com a palestra “O que esperar da economia brasileira e internacional nos próximos anos (2009-2011)”. Segundo o economista, a LCA prevê uma recuperação mais lenta para as economias maduras como Europa, Japão e Estados Unidos. No caso específico dos EUA, Sampaio prevê um período de 13 a 14 trimestres, para que o PIB americano retorne aos índices de pré-recessão. “O centro da crise são os EUA, mas os outros países também não estão bem; está difícil ver um arranjo favorável para mudar esse cenário”.

Entre os fatores para essa retomada mais lenta nos EUA, Sampaio citou a deterioração do mercado de trabalho, com alta taxa de desemprego, e o elevado endividamento das famílias americanas, que freou o consumo. No caso dos principais mercados emergentes, entre eles o Brasil, o economista acredita numa retomada mais dinâmica, uma vez que a crise não chegou a afetar as contas fiscais e externas desses países, e muitos deles serão beneficiados pela recuperação das commodities. “O Brasil é grande ofertante de commodities, que não vão voltar aos picos de antes, muito cedo, mas a tendência é de aumento de demanda e de preços em elevação”, frisou.

Quanto às projeções macroeconômicas para o Brasil, o economista apresentou dois cenários. Um mais provável (75%), denominado “cenário base”, que sugere crescimento do PIB este ano de 0,3%, elevando para 4,9% (2010) e 5,2% (2011); um câmbio médio de R$ 2,01/US$ em 2009, R$ 1,79/US$ em 2010 e R$ 1,81/US$ em 2011; taxa Selic média anual de 9,9% em 2009 e 8,8% em 2010 e 2011; e inflação de 4,5% (IPCA) este ano com queda para 4,2% e 4,0%, respectivamente, em 2010 e 2011.

Um cenário adverso (25% de probabilidade) indica decréscimo de 0,3% do PIB em 2009 e aumento de 3,2% (2010) e 4,6% (2011); um câmbio médio de R$ 2,06 em 2009, R$ 2,09 em 2010 e R$ 2,10 em 2011; Selic média anual de 9,9% em 2009, 8,5% em 2010 e 8,9% em 2011; e inflação de 4,0% (IPCA) em 2009, 4,1% (2010) e 3,9% (2011).

 

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