Governo anuncia redução nas tarifas de energia elétrica – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Governo anuncia redução nas tarifas de energia elétrica

21 de setembro de 2012

Para os grandes consumidores, queda dos preços deve ficar abaixo dos percentuais divulgados

 

No dia 11 de setembro, a presidente Dilma Roussef divulgou a decisão de reduzir as tarifas de energia elétrica — em vigor a partir de 2013 — e de promover a renovação das concessões referentes à geração, transmissão e distribuição de energia.

É importante destacar que a ABAL teve fundamental participação neste processo. Desde 2010 a entidade tem levado  ao conhecimento do governo a situação crítica da indústria em função do alto custo de energia elétrica, entre outros. As gestões culminaram na criação do Grupo Interministerial de Trabalho do Alumínio (GTA), fórum no qual a discussão tomou corpo no âmbito dos vários Ministérios envolvidos e acabou por sensibilizar a Presidência na busca de uma solução para recuperar a competitividade da industria.

A redução de até 28% nas tarifas de energia elétrica, entretanto, não será sentida em sua totalidade pela indústria de base — principalmente pelos produtores de alumínio primário.

Segundo Eduardo Spalding, coordenador da Comissão de Energia da ABAL, a iniciativa do governo é corajosa e extremamente importante. “Contudo, uma parcela considerável das indústrias de base brasileiras consome energia por meio do mercado livre, enquanto o governo privilegiou, no pacote, o mercado regulado — que atende residências, comércio, poderes públicos e parte do setor industrial”, afirma. Desta forma, estas indústrias obtiveram apenas uma fração da redução do custo da eletricidade anunciada para o mercado cativo.

Alem disso, vários segmentos grandes consumidores de energia — como as indústrias siderúrgica, do alumínio primário, entre outras — desde 1995 investem pesadamente em autogeração de energia elétrica, para assegurar custos previsíveis e garantia de suprimento deste insumo essencial para seu produto. “Na parcela de autogeração, que alcança 42% para o alumínio primário, a redução nas tarifas será mínima, e na outra parcela, por serem consumidoras livres, as empresas terão uma redução menor nas contas”, conclui Spalding. Essa análise é corroborada pela ABRACE, entidade que congrega os maiores consumidores industriais de energia elétrica, que  projetam uma redução de 9% a 16% em suas contas de energia elétrica como efeito prático do pacote anunciado.
Embora a medida seja extremamente positiva e merecedora de comemoração, a industria de alumínio e os grandes consumidores brasileiros de energia estão propondo ao governo um aperfeiçoamento da MP assinada, para estender seus benefícios de forma isonômica também para o mercado livre.

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