Inbra Metais é carbono zero – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
Acesse a área do associado Fale Conosco
← voltar para Banco de Notícias

Inbra Metais é carbono zero

5 de dezembro de 2011

Unidade II é a primeira planta da indústria brasileira do alumínio a zerar suas emissões de carbono

 

A unidade II da Inbra Metais tornou-se a primeira planta de reciclagem da indústria brasileira do alumínio a zerar as emissões de carbono decorrentes de sua atividade produtiva. Localizada na cidade de Itaquaquecetuba (SP) e em operação desde abril de 2008, a planta tem capacidade de produzir 80 mil toneladas/ano de ligas de alumínio secundário em lingotes, barras, na forma líquida e como desoxidantes para a indústria siderúrgica.

Fundada em 1976, a Inbra Metais possui três unidades fabris – duas em  Itaquaquecetuba e uma em Campo Largo (PR), além de mais de 25 centros de coleta espalhados pelo país e uma frota própria de 150 caminhões. 

O projeto que levou a Inbra a zerar suas emissões de carbono começou ainda na concepção da planta, que conta com um sistema de coleta, tratamento e reaproveitamento de 700 mil litros de águas pluviais e a instalação de um moderno sistema de filtros manga, para garantir a captação dos gases e particulados gerados nos fornos de fusão. Com equipamentos e um sistema de gestão ambiental estabelecido, a unidade II recebeu em 2009 a certificação ISO 14.001:2004 e acaba ser certificada com a OHSAS 18.001 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho.

“Com tantas condições favoráveis, em 2010 avaliamos a possibilidade de fazermos um levantamento das emissões de carbono na nossa empresa. Era um momento que se falava muito sobre isso na ABAL, que nos indicou empresas de credibilidade para realizar um inventário de emissões de gases de efeito estufa”, conta o gerente de reciclagem da Inbra Metais, Elder Rondelli – também integrante da Comissão de Reciclagem, de Meio Ambiente e do Grupo Setorial de Secundários da ABAL.

A empresa contratada para a realização do inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) da planta foi a ATA – Ativos Ambientais, consultoria especializada em desenvolver ações empresariais e empreendimentos relacionados à sustentabilidade, particularmente sobre emissões de carbono e consumo de água.

Os resultados dos inventários de 2009 e 2010 foram, respectivamente, de 8.247 toneladas de CO2 eq e 12.541 toneladas de CO2 eq – quantidades proporcionais ao volume de produção de cada ano. Segundo Débora Rolino Novaes, gerente de relacionamento da ATA, o inventário considerou as emissões diretas (decorrentes do processo de fusão) e indiretas por energia adquirida. Na ocasião, os índices de emissão foram considerados bastante baixos para a atividade.

A partir da determinação de um índice relacionando volume emitido de GEE e produção de alumínio, a Inbra projetou as emissões para 2011 e tomou uma decisão pioneira do setor: “com o objetivo de oferecer um produto com zero de emissões de GEE para os seus clientes, a Inbra projetou as suas emissões, com base na produção planejada, para o ano de 2011 em 14 mil toneladas de CO2 eq e compensou-as através da compra de 14 mil créditos de carbono no mercado voluntário”, explica Débora.

Os créditos de carbono foram comprados da Usina Hidrelétrica Barra Grande (BAESA), que tem em seu consórcio duas grandes empresas de alumínio –  Alcoa e a Votorantim Metais-CBA. Toda a operação de compra de créditos foi realizada e validada pela ATA e seguiu o padrão Verified Carbon Standard (VCS), referência internacional de qualidade e com chancela da ONU (UNFCCC), e registrada na plataforma NYSE Blue VCS Registry. A metodologia para verificação dos créditos coube ao Bureau Veritas Certification Holding (BVQ).

“Como a principal fonte de emissões está no consumo de energia [térmica a gás e elétrica], se a Inbra utilizasse energia renovável, suas emissões seriam quase que zeradas; dessa forma, ao oferecermos créditos provenientes de uma usina hidrelétrica a empresa está, mesmo que hipoteticamente, investindo em energia renovável”, afirma a executiva da ATA.

Ainda segundo Débora, ao compensar as suas emissões de gás de efeito estufa, a Inbra contribui para a redução do impacto ambiental dos produtos de seus clientes em que participa da cadeia de valor. Elder Rondelli admite que esse diferencial tem sido importante para os negócios. “A sustentabilidade da Inbra é um exemplo explorado até pelos nossos clientes; eles vêm nos visitar e trazem seus clientes para mostrar o destino de sua sucata ou a procedência da matéria prima”, ressalta. 

Elder confirma ainda que os próximos da empresa no caminho do desenvolvimento sustentável será manter os investimentos para a diminuição contínua das emissões de carbono, por meio da revisão de processos e modificações na matriz energética.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *