Materiais disputam espaço no novo regime automotivo
Principal contribuição do alumínio está no uso intensivo de fundidos, diz presidente emérito da ABAL
O novo regime automotivo foi tema no 68º Congresso ABM Internacional, realizado pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração, entre 30 de julho e 2 de agosto, em Belo Horizonte.
Conduzido pelo eng. Carlos Briganti, que é diretor da ABM, o Painel Tecnológico “Inovar Auto: o que representa e seus impactos em materiais para a cadeia” reuniu representantes de toda cadeia automotiva – entre fornecedores de insumos como o alumínio e o aço, sistemistas e montadoras – para debaterem a participação dos materiais nas estratégias de competitividade e de atingimento das metas do regime pelas montadoras.
De acordo com Briganti, “existe uma longa caminhada pela equalizar os níveis de competitividade entre oferta e demanda de produtos consumidos pela cadeia automotiva”.
João Francisco Batista Pereira, especialista de produtos da Usiminas, lembrou que as inovações do setor siderúrgico para a cadeia automotiva antecedem em muito à criação do novo regime automotivo, ressaltando que os aços de alta resistência- mais finos e mais leves – começaram a ser desenvolvidos no Brasil já em 1996 e que hoje está na 3ª geração com o AHSS (Advanced High Strength Steels).
No caso do alumínio, seu uso intensivo em peças fundidas, principalmente no powertrain, será a principal contribuição do metal, nesse momento, para as estratégias das montadoras para a redução de peso dos veículos. “O alumínio, no entanto, tem plenas condições de competir com a chapa de aço em painéis de fechamento”, disse o representante da Associação Brasileira do Alumínio, Ayrton Filleti.
O presidente emérito da ABAL ressaltou que o crescimento do uso de laminados de alumínio em carrocerias já ocorre em mercados mais maduros, como os EUA e a Europa, onde as opções de substituição pelo fundido de alumínio fundido já estão praticamente esgotadas.