Meio Ambiente em discussão no VIII Seminário Internacional de Tecnologia da Indústria do Alumínio – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Meio Ambiente em discussão no VIII Seminário Internacional de Tecnologia da Indústria do Alumínio

4 de outubro de 2002

Sessão especial sobre Meio Ambient

A sessão especial sobre Meio Ambiente, Segurança, Reciclagem e Saúde, do VIII Seminário Internacional de Tecnologia da Indústria do Alumínio, começou hoje, com a apresentação de palestras e trabalhos técnicos sobre o assunto. Um dos temas abordados, foi o gerenciamento de resíduos sólidos na Albras, apresentado por José Juarez Borges Filho. Segundo ele, desde que começou a operar, em 1985 até 2000, a Albras reduziu seu Índice Global de Geração de Resíduos de 60,3% a 58,3%. Apesar de parecer pouca, a redução torna-se significativa diante do aumento da produção no período, que saiu de 150 mil toneladas (1985) para 400 mil em 2000. Outra forma de avaliar o impacto da redução de resíduos na empresa, que é a maior produtora de alumínio primário do Brasil, é pela análise da destinação do resíduo: em 1985, 71,4% do total de resíduos da empresa era depositado em aterros industriais, atualmente, o percentual é de 9,1%.

Por outro lado, o índice de reutilização dos resíduos saltou de 4,6 em 1985 para 69,5% em 2002. Outro tema do encontro foi a redução das emissões de GHG (gases de efeito estufa) na produção de alumínio primário, apresentado pelo engenheiro de Processos-Reduções da Alcan Alumínio do Brasil, Raphael Andrade Pádua. Ele mostrou que desde 1999 (ano em que a Alcan iniciou efetivamente as ações para redução das emissões) até agora, a empresa obteve uma redução de 40% das emissões de GHG. Isso significa que a Alcan deixou de emitir 3,8 milhões de toneladas de CO2 entre 1990 a julho deste ano. Um forno aquecido com plasma para reciclar alumínio sem prejuízos ao meio ambiente foi outro assunto da sessão especial de Meio Ambiente, Segurança, Reciclagem e Saúde do VIII Seminário Internacional de Tecnologia da Indústria do Alumínio. Desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) com o apoio da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP este forno, diferentemente dos fornos convencionais (que usam a combustão como fonte de energia), aplica tecnologia de plasma térmico, capaz de transformar energia elétrica em energia térmica com grande eficiência, além de oferecer amplas possibilidades para controle da atmosfera do processo. Segundo o pesquisador Antônio Carlos da Cruz, da Divisão de Mecânica e Eletricidade do IPT, a grande vantagem do forno aquecido a plasma está na eliminação quase total do oxigênio durante o processo. Nos fornos convencionais a presença do oxigênio obriga a utilização de sais fundentes, como o cloreto de potássio e o cloreto de sódio, para evitar a oxidação – e a conseqüente perda – do alumínio recuperável.

O problema é que esses sais, incorporados ao óxido contido na borra, dão origem à chamada borra preta ou salt cake, classificada como resíduo Classe 2, o que obriga às empresas a depositá-la em aterros industriais a um custo muito elevado. “O novo processo também proporciona uma reciclagem mais limpa e mais eficiente, beneficiando o meio ambiente, o consumidor e o produtor”, afirma o pesquisador. Se for aprovado pelas empresas, o forno aquecido a plasma passará a ser adotado nas unidades industriais. A sessão especial sobre Meio Ambiente continua amanhã, dia 10, a partir das 8:30h. Entre os temas programados estão: “Projeto Verde Alumínio”, por Ronaldo de Moraes, da Valesul; “Análise do Ciclo de Vida do Alumínio”, por Eloisa Helena Garcia, pesquisadora do CETEA; e “Política Nacional de Resíduos Sólidos”, por Romildo Campelo, diretor do departamento de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da FIESP/CIESP. O evento acontece no Centro de Convenções do shopping Frei Caneca – na rua Frei Caneca, 569 – 5 andar.

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