Valor que tem seu preço – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Valor que tem seu preço

11 de outubro de 2013

A escolha correta do material para cobertura não deve se basear apenas no seu custo inicial, mas na solução que minimize ou elimine o risco de custos indiretos após a obra

Quando se avaliam os parâmetros para definir qual o material correto para um projeto de cobertura de edificações, o preço é um dos principais fatores considerados. No entanto, o processo decisório correto deve envolver outras variáveis.  Primeiro, é importante esclarecer que a avaliação do preço (ou valor monetário) de um produto “A” em comparação ao produto “B”, considera tão somente o que se chama de Custo Direto (CD), ou seja, apenas a quantia inicial efetivamente desembolsada pela mercadoria.

Porém, o Custo Total (CT) para aquisição de determinado bem não se resume unicamente ao seu Custo Direto. Ele envolve também os chamados Custos Indiretos (CI), os quais são sempre indesejáveis, inesperados, onerosos e inicialmente invisíveis.  E aqui reside a grande falha de avaliação, pois se o especificador ou projetista não ponderar corretamente essa variável em seu processo decisório, mais adiante poderão eventualmente incorrer em surpresas que afetarão sensivelmente a relação custo x benefício inicial. Ou seja, o que inicialmente demonstrou ser barato por custar menos poderá, na verdade, se tornar mais caro.

No caso específico de coberturas metálicas para edificações, os Custos Indiretos podem envolver, por exemplo, as seguintes situações:

a) Interrupções inesperadas e não programadas em uma linha de produção em virtude de infiltrações de águas pluviais (a popular goteira);

b) Interrupções para troca prematura de telhas com baixa durabilidade desgastadas pelo processo de oxidação em função do ambiente atmosférico;

c) Manutenções corretivas não programadas;

d) Expor equipamentos e maquinários de elevado valor a riscos desnecessários;

e) Perda de produtividade;

f) Impacto em prazos de entrega em virtude de tais interrupções inesperadas na linha de produção, entre inúmeras outras situações.

Diante de um eventual cenário destes, a recomendação consiste em atuar de forma preventiva logo na fase de especificação, optando-se por uma solução técnica e economicamente viável que irá contribuir para minimizar e/ou eliminar os Custos Indiretos mencionados. Tem-se assim o último elemento que é chamado de Custo Preventivo (CP).

Desta forma, a equação do Custo Total assume a seguinte configuração: CT = CD + CI + CP

Esta equação é de autoria do Prof. Dr. Eng. Stephan Wolynec (Titular do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Escola Politécnica – USP), cujos estudos evidenciaram que quando se pondera corretamente todas as variáveis, obtém-se ao final uma economia de 15% a 30% no Custo Total.  Trabalhando dessa forma, o especificador estará levando em conta não o preço absoluto do bem, mas sim o seu real valor e o quanto ele contribuirá em benefícios para sua edificação.

Neste contexto, a telha de alumínio oferece todo este conjunto de benefícios para o cliente, pois mesmo que seu Custo Direto seja um pouco superior ao de outros produtos metálicos, ele contribui sensivelmente na redução dos Custos Indiretos mencionados. Desta forma, a diferença de preço entre o produto de alumínio e outros materiais reverte-se em Custo Preventivo.

Portanto, antes de especificar qual o material para a cobertura metálica de uma edificação, o projetista deve refletir bem sobre esses fatores e ponderá-los em seu projeto, pois nem sempre o mais barato (ou seja, o Custo Direto) é o que lhe trará o menor Custo Total e, consequentemente, lhe agregará mais valor.

Luiz Valério de Paula Trindade

Coordenador do Grupo de Trabalho Telhas de Alumínio

Associação Brasileira do Alumínio – ABAL

Contato:aluminio@abal.org.br

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